André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

FIDEL E SUA DESDEPDIDA



Está charge está inserida no site http://oglobo.globo.com/opiniao/ , onde O leitor Milton Cesar Ornellas enviou charge sobre a decisão do líder cubano de não retomar a presidência de seu país.
Podem-se vislumbrar alguns pontos importantes na charge acima que demonstram a intertextualidade: o primeiro deles é o fato dela expressar pela expressão idiomática, popularmente denominado de ditado popular “Pendurar as chuteiras” termo usado para designar aposentar-se, desistir, o segundo ponto importante nota-se na presença de estrelas no pijama de Fidel Castro que remete a estrela da bandeira do Governante Cubano, que já não é mais solitária, a bengala na mão direita de Fidel denuncia que o motivo pelo qual ele desiste de continuar governando por motivos de saúde. O boné de Fidel demonstra sua origem (revolucionário) que derrubou o governo pró-americano do general Fulgêncio Batista. Um ponto a ser destacado é o corvo na janela com a cartola lembrando a bandeira dos EUA, principal opositor do governo de Fidel Castro e que requer a queda do último governo socialista. O corvo está esperando a morte do líder socialista atual, para tomar conta da casa. Sendo uma forte crítica ao governo norte-americano que por inúmeras vezes tentou derrubá-lo do poder e ser o principal retalhador econômico e social deste país. A intertextualidade nessa charge pretende demonstrar que com o corvo na janela está próximo o dia em que os EUA irão adentrar no âmbito cubano para saciarem sua “fome”.
O nível de informatividade deste texto pode ser considerado médio, segundo o exposto no texto estudado.
O chargista espera mostrar o lado que as reportagens tradicionais não demonstram.
Fidel Castro deixa o poder após comandar Cuba por 49 anos
Texto Retirado do site da Folha Online 19/02/2008 - 21h49
Após 49 anos à frente do poder em Cuba, o ditador Fidel Castro, 81, anunciou nesta terça-feira sua renúncia. Fidel, que não aparece em público desde que foi submetido a uma cirurgia intestinal, em 2006, disse em artigo que não aceitará cumprir um novo mandato na Presidência após a reunião do Parlamento cubano, prevista para o próximo domingo (24).
"Meu desejo sempre foi cumprir minhas tarefas até o meu último suspiro", escreveu Fidel em uma carta publicada nesta terça-feira no site na internet do jornal "Granma". "No entanto, seria uma traição à minha consciência assumir uma responsabilidade que exige mobilidade e e dedicação que não estou em condições físicas de cumprir", escreveu o ditador cubano.
Jorge Saenz/AP
Fidel ri após confundir Uruguai com Paraguai em discurso em 2003; carisma ajudou em seus 49 anos no comando da ilha caribenha
A renúncia abre caminho para que seu irmão, Raúl Castro, 76, implemente reformas no país. Ele assumiu interinamente o poder depois que Fidel adoeceu, em 31 de julho de 2006.
Ao fim de sua mensagem, Fidel se refere ao processo político cubano, e afirma que conta "com a autoridade e a experiência para garantir plenamente a sua substituição". Na carta, ele diz que não retornará à Presidência do país e que seu irmão Raúl será o novo presidente.
Fidel cedeu temporariamente o poder ao irmão depois de passar por uma cirurgia intestinal. Desde então, ele não foi mais visto em público, aparecendo apenas esporadicamente em fotos e gravações oficiais, e publicando artigos sobre várias questões internacionais.
Na carta, ele afirmou ainda que não participará da reunião da Assembléia Nacional, no próximo dia 24, para escolher os 31 membros do Conselho de Estado (Poder Executivo).
Fidel continuará como membro do Parlamento, mas não será mais o presidente do órgão.
A mulher de Raúl Castro, Vilma Espin, manteve sua cadeira no Conselho no ano passado até a sua morte, mesmo estando, durante meses muito doente para comparecer às reuniões.
Repercussão nos EUA
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, afirmou nesta terça-feira que a renúncia de Fidel "deve ser o começo da transição democrática em Cuba".
"A comunidade internacional deveria trabalhar com o povo cubano para começar a construir instituições para a democracia", disse Bush na entrevista coletiva que ofereceu em Kigali, capital de Ruanda. O presidente americano está em uma viagem por vários países da África.
"Eventualmente, esta transição deveria acabar em eleições livres e justas", disse.
Bush visitou em Ruanda um memorial das vítimas do genocídio no país em 1994, quando 800 mil pessoas foram mortas, sobretudo membros da etnia tutsi.
No entanto, o subsecretário de Estado americano, John Negroponte, disse que a suspensão do embargo imposto pelos EUA a Cuba não deve ser imediato.
Em Miami, que abriga muitos dos exilados cubanos, a reação à renúncia foi de satisfação.
"É muito bom que Fidel renuncie, mas será melhor ainda quando ele morrer", disse Juan Acosta, cubano que deixou a ilha caribenha em 1980, enquanto comprava um jornal em Calle Ocho, a principal rua do bairro de Little Havana, onde mora a maior parte dos cubanos.
Europa
Vários governos europeus também declararam que a saída de Fidel pode ser o início da democracia em Cuba. "A renúncia de Fidel é o fim de uma era que começou com liberdade e terminou com opressão", disse o ministro sueco das Relações Exteriores, Carl Bildt.
"Observamos com atenção e interesse o desenvolvimento dos eventos em Cuba", disse à agência de notícias Efe Martin Jäger, porta-voz do ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier.
Ele acrescentou que a mensagem do líder cubano deve abrir a "via para a democratização da sociedade cubana, assim como à melhora da situação econômica do país".
Marcelo Katsuki/Arte Folha
O ministro de Relações Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, disse que seu país acompanhará e ajudará Cuba a ter "o melhor futuro possível para todos os cidadãos".
A França lembrou seu desejo de que Cuba empreenda "o caminho da democracia e do respeito aos direitos humanos", após o anúncio da renúncia de Fidel a outro mandato.
Ao saber da decisão de Fidel, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da França, Pascale Andréani, aproveitou para reafirmar a "amizade da França com o povo cubano".
O secretário de Estado de Exteriores da Itália para a América Latina, Donato Di Santo, pediu hoje para as autoridades cubanas iniciarem "uma transição democrática" no país, e qualificou a decisão de Fidel como gesto "importante, nobre e esperado, dentro e fora da Ilha".
Reunião
A nova Assembléia Nacional, eleita no final de janeiro, tem até 45 dias para escolher o chefe do governo do país.
Desde 1976, Fidel vinha sendo eleito e ratificado em todas as eleições, que se realizam a cada cinco anos.
No último sábado (16), Fidel havia aumentado a expectativa sobre sua decisão ao anunciar que "na próxima reflexão, abordarei um tema de interesse de muitos compatriotas".
Em mensagens que escreveu em dezembro, Fidel afirmou que não se apega ao poder, não obstrui as novas gerações e expressou seu apoio a Raúl, que desatou a ansiedade da população ao anunciar "mudanças" para enfrentar os graves problemas do país e ao criticar o "excesso de proibições".
Raúl desperta esperanças de mudanças econômicas que melhorem o cotidiano dos cubanos, e analistas dizem que a transferência formal do cargo lhe daria força para implementar tais reformas.
Era Fidel
Castro assumiu o poder em Cuba em 1959, e transformou o país em um Estado comunista.
Durante os 49 anos à frente do poder, ele sobreviveu a tentativas de assassinato e a uma invasão da ilha apoiada pela CIA [inteligência americana]. Dez administrações americanas tentaram derrubá-lo. A mais famosa tentativa foi a invasão da Baía dos Porcos, em 1961.
Os partidários de Fidel o admiravam pela habilidade de garantir alto nível nos serviços de educação e saúde para os cidadãos, embora permanecesse independente dos EUA. Já seus opositores o chamavam de ditador cujo governo totalitário negava as liberdades civis.Em 16 de abril de 1961, Fidel declarou sua revolução socialista. Um dia depois, ele derrotou a tentativa de invasão da Baía dos Porcos, apoiada pela CIA.
Os EUA embargaram a economia de Cuba, e a inteligência americana planejou matá-lo 600 vezes, segundo a TV CNN.
A hostilidade chegou ao seu auge em 1962, com a crise em torno dos mísseis cubanos.
Com o colapso da ex-União Soviética, a Cuba entrou em crise econômica, mas se recuperou durante a década de 90, com o boom do turismo.

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