André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

sábado, 15 de março de 2008

O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES DO NO SÉCULO XXI

1 INTRODUÇÃO

As empresas buscam a cada dia aumentar sua lucratividade e seu rendimento para que seu nome tenha uma consistência no mercado econômico. As potencialidades existentes nela são muitas vezes reprimidas e a mediocridade é elevada aos mais altos patamares de elogios. O que desestimula os colaboradores e também alguns líderes. Cabe então questionar-se qual é papel da liderança no mundo empresarial quando ao fechamento de bons negócios?

Há nas empresas pelo Brasil e mundo afora milhares de pessoas que se denominam eficazes administradores e possuidores de qualidades que nem o mais Deus Grego mais poderoso poderia possuir. Os desafios são lançados a esmo e quando não dão certo, o grande líder fica intacto, trocando constantemente de sua equipe. Quais são as atitudes que um líder não deve tomar?

A liderança de uma empresa é algo intrínseco que não tem como ser materializado, mas que contribui muito para o desenvolvimento delas. Todavia, existem líderes que comandam com fervor sua equipe de forma democrática e dinâmica. Valendo também tornar ao questionamento para saber quais são as atitudes que um líder deve ter?


2 A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA EMPRESARIAL

Com a era globalizada e o aumento da competitividade é notável que muitas empresas fechem as suas portas. Prejuízos são acumulados dioturnamente, a imagem externa não é mais a mesma dos áureos tempos, e os colaboradores não mais estão entrosados como nos primórdios da empresa.

Para que a empresa saia desse patamar de crise e entre com tudo na concorrência é preciso que a liderança da empresa seja revista e consagrada a estudos, análises e treinamentos. O resultado de tudo isso dar-se-á em um médio prazo. Essa estratégia é vista por Gomiero como uma saída eficaz:

A estratégia usada para se atingir tais objetivos é o investimento maciço no capital humano, com cursos e treinamentos voltados a descobrir e/ou formar grandes talentos e verdadeiros líderes capazes de conduzir os negócios. Aqueles que tem boa comunicação empresarial e visão de futuro sabem lidar com as pessoas e administrar os conflitos, além de conseguirem satisfazer os colaboradores, motivando-os a encarar sua cota de responsabilidade com os destinos das organizações, isto é, vestir a camisa. Tudo com o objetivo de cumprir um planejamento que as levará ao sucesso, e nada diferente do que vêm fazendo as empresas vencedoras, grandes vedetes do mercado. (GOMIERO, 2008, s/p – grifo do autor).

A liderança é um meio que deve ser disseminado, através de gestões participativas, entre todos os colaboradores, pois só assim, Gomiero afirma (2008, s/p) é que os talentos virão à tona, podendo daí surgir os grandes líderes, até então escondidos em meio a um emaranhado de procedimentos obsoletos, situação típica de uma administração arcaica e ultrapassada.

As empresas precisam adotar uma política de integração e de comunicação conjunta, flexível, viabilizando trocas de experiências, discussões, definições de estratégias para se achegar aos resultados positivos e ao sucesso empresarial.


3 ATITUDES NEGATIVAS E POSITIVAS DE UM LÍDER

O líder que trabalha com uma equipe deve evitar tomar certas atitudes para que não provoque a ruína na sua empresa. Isso muitas vezes e a falha do paternalismo empresarial de empregar quem não tem qualidades exigidas. E por isso paga-se um preço: a derrota.

Muitos líderes mantêm sua equipe fraca por egoísmo e com medo de perder seu lugar de destaque, sua posição de comando. São contras a pró-atividade porque acreditam que o improviso e o faturamento estão acima de tudo.

O líder que nunca tem tempo para seus funcionários encontra muitas formas de desviar a atenção e não atender aos pedidos, tentando manter uma imagem de super-ocupado, caindo na desgraça de ser taxado de arrogante. Garbo (2007, s/p) alerta as atitudes que levam um líder ao fracasso:

Afogue-se em operação: Se você estiver o tempo todo fazendo tarefas operacionais, criará a imagem do executivo super-ocupado e, conseqüentemente, sem tempo para bobagens, como gestão de equipe (avaliação, treinamento), atualização profissional, planejamento etc. Assim, não perca mais tempo! Espalhe muitos papéis em sua mesa, demore pelo menos um dia para responder os e-mails, e faça trabalhos operacionais que envolvam cálculos básicos, digitação etc.

É comum encontrar profissionais que depois de sua colação de grau, que ocorreu há 20 anos, acreditam que não precisam se atualizar, porque não tem expectativa de promoção ou crescimento profissional. O líder falho esquece de que para todo crescimento profissional existe um crescimento pessoal. Caindo também no seu egocentrismo, o líder não compartilha de seu conhecimento e acredita que somente ele sabendo tornar-se-á insubstituível.

O líder falho acredita que se dando bem com todo mundo, conseguirá bons resultados, que com sua popularidade ele acaba resolvendo todos os seus problemas. Ainda o líder falho acredita que deve se eximir da culpa dos erros, culpando qualquer um dos agentes da empresa, mas nunca assume a culpa. O líder falho por si só possui uma visão negativista das coisas. Que nunca tem possibilidade de resolver os problemas de seus funcionários. E por fim, eximir-se e alegar ignorância do assunto, coroa as atividades de um líder falho.

A liderança que faz jus ao nome que recebe sempre tem um sentimento otimista para passar para o grupo, de conforto de confiança e de estímulo a superação. Um líder somente é líder quando ele for capaz de formar líderes ainda mais capazes que ele.

Na liderança os participantes do grupo devem sentirem-se confiantes no líder ao ponto de fazer aquilo que nunca foi tentado. Líder e liderados escalam as colunas do aprendizado juntos, um apoiando o outro. Antes de motivar ao companheiro, deve-se estar sempre auto-motivando, para que seja como um vírus contagioso e tome conta de toda a empresa.

Quando o líder age dentro dos padrões de justiça ele é possuidor do respeito da equipe, conforme é postulado por Filho (2007) como sendo “uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.”

O líder com características positivas tem sempre planos definidos, claros, planejamento atualizado com a participação de seus subordinados. Ele deve ser perseverante nas decisões:

O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.
Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente. (FILHO, 2007).

Um líder não deve ter preguiça de fazer as coisas, bem pelo contrário, deve ter o hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago. Devendo estar sempre a disposição da profissão, dos colegas e pronto a sanar (dentro do possível) as dúvidas dos liderados.


4 CONCLUSÃO

É possível apresentar em poucas palavras uma síntese das qualificações de um bom líder da mesma forma que podem ser apresentadas características de um mau líder. Dentre as atitudes que devem ser evitadas por um aspirante a líder está aqueles que querem manter uma equipe fraca, contrárias a Pró-atividade, afogue-se em operação inúteis para dizer que está fazendo alguma coisa, desatualização nos estudos, manter-se as informações consigo sem compartilhar, foco na política, esquivando-se da culpa, manter um espírito negativo, não de atenção as queixas dos funcionários e nunca estar ciente das coisas que acontece ao seu redor.

Já um líder efetivo e para que essa liderança ideal se concretize é necessário fazer parte do cotidiano do líder algumas características tais como a disposição para tentar o que não foi tentado antes, auto-motivação, percepção de justiça, planos definidos, o hábito de fazer mais do que aquilo pelo qual se é pago, uma personalidade positiva, empatia, domínio dos detalhes, disposição para assumir plena responsabilidade, duplicação, e uma profunda crença em seus princípios.

Para finalizar é possível fazer um balanço das características boas e ruins da liderança. É possível verificar que as atitudes negativas são mais comuns do que se imagina na maioria das empresas do que as positivas. Para ser um líder empresarial de verdade deve-se atender a requisitos que contemple um aspecto mais humanitário do trabalho e menos capitalista.


5 REFERÊNCIAS

FILHO, Luis Almeida Marins. 12 maiores atributos da liderança. Disponível em: http://www.gu iarh.com.br/PAG21C.htm. Acesso em: 18/05/2008.

GARBO, Flavio. Manual do Gerente Incompetente. Disponível em: http://www.catho.com.br/ cursos/index.php?p=artigo&id_artigo=655&acao=exibir. Acesso em: 19/05/2008.

GOMEIRO, Fernando. Liderança Empresarial: mais que um grande artifício, uma necessidade para uma boa condução dos negócios. Disponível em: http://www.portaldaadministracao.org/ search.aspx?type=1&search=lideran%C3%A7a+empresarial. Acesso em: 28/05/2008.

SOUTO, Jean Martins de. Técnicas de Gestão. Associação Educacional Leonardo da Vinci (ASSELVI). Indaial: Ed. Asselvi, 2008.