André Gilberto Boelter Ribeiro


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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO

A relação entre professores e alunos nunca foi pacifica como muitos querem, mas também nunca esteve em tão grave estado como está agora. A falta de entendimento entre eles é um problema atual e latente na escola moderna. Alunos agridem professores de fora grave sem um motivo aparente, causando desconforto entre a comunidade escolar. Os professores muitas vezes rebatem com a mesma intensidade. Gerando um caos institucional. Mas o que é preciso para enfrentar essa problemática?
Diuturnamente verifica-se nos noticiários dos telejornais que professores são agredidos por seus educandos no ambiente escolar. Se forem analisados, os motivos pelos quais esses fatos ocorrem, chega-se a conclusão que são fúteis ou insignificantes. Pois, aparentemente o menor gesto ou ação desencadeia um ato tão violento, que se não leva à morte causa uma lesão gravíssima. Na verdade esse fato é uma denuncia silenciosa que a sociedade está doente.
Um grande problema da violência entre professores e alunos recai sobre a certeza da baixa penalidade. O desconhecimento por parte dos professores deixa o caminho livre para a criminalidade infanto-juvenil, principalmente em ambiente escolar. As agressões verbais (que causam tortura psicológica) e físicas não são denunciadas por medo, pois os menores encontram respaldos muitas vezes em grupos criminosos, e o que e pior, nos próprios pais.
Não obstante essas circunstâncias, quando punidos, os jovens encontram no sistema dito “socio-educativo” falhas graves que quando não os deixam à solta, os preparam ainda mais para o mundo do crime. Assim, o docente para ter segurança necessita de uma reformulação profunda tanto das normas.
Ainda, para a melhoria das relações afetivas entre professores e alunos é preciso haver o ataque direto aos problemas sociais, uma vez que a raiz deste problema está nas conseqüências que a desigualdade social produz. Aparatos como cursos, oficinas, artes e esportes voltados à educação popular são apontados como meio de produzir uma consciência política e mobilização contra os males da desigualdade social. A não estagnação dos agentes sociais (Estado e Sociedade Civil) em prol desta parcela da população permite a educação de alunos menos violentos, tendo em vista que o ambiente que em vivem reproduzem em sala de aula.
Para amenizar a questão da relação afetiva entre professores e alunos no ambiente escolar não basta somente atacar com o rigor legal ou sua eficácia na execução. Não que isso não seja importante na situação atual, precisa-se reprimir ações agressivas e “recuperar” os infratores e atacar uma das principais causas destas infrações: “a desigualdade social”.

Artigo publicado no Jornal O Especial em 09 de outubro de 2009.

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