André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

CAMINHOS ALTERNATIVOS NA CONSTRUÇÃO PROFISSIONAL

A sociedade em geral e até mesmo a escola muitas vezes pautam seus ensinamentos na verticalidade, isto é, só se pode crescer profissionalmente se subirmos os degraus da carreira sempre tendo como base o tempo. Pensa-se horizontalmente, só nos casos em que estamos ao lado de um concorrente e almejamos derrubá-lo, pois popularmente não há lugar para duas pessoas no mesmo degrau.
As pessoas não querem rever conceitos pessoais, e pegam suas idéias não racionais e aplicam-nas indiscriminadamente na profissão. Se assumirem um cargo de chefia e forem despedidas, logo querem partir do lugar onde foram destituídas e não experimentar novos caminhos, iniciar do zero. O pior inimigo de nossa escalada são nossos próprios conceitos e preconceitos que nos amarram em uma corrente de falsa identidade profissional.
Queremos provar a nós mesmos que os degraus estão sendo alcançados, mas não queremos saber a que topo eles nos levarão. E aí o perigo do profissional se perder na própria profissão. E a questão é: Há somente um caminho para se alcançar os objetivos? E quais os objetivos que queremos alcançar?
No desenvolvimento profissional nos deparamos com inúmeros empecilhos para a realização de nossos sonhos, sejam estes sonhos de infância ou recentes. No entanto, para a realização deles, não nos movemos a buscar padrões novos, romper barreiras ou mesmo construir nosso próprio caminho. Quando tentamos fazer algo inovador, nos primeiros passos somos repreendidos pelos ditos “entendidos” no assunto e por ceticismo não continuamos, e se isso não acontece o medo de encarar o desconhecido ou o pouco explorado, nos paralisa. E desistimos de buscar novas inspirações ou como quer Miranda “escadas laterais” (possibilidades de crescimento alternativo).
A falta do olhar horizontal é um empecilho para o crescimento e um passo da queda profissional. A frustração não depende do outro ou da sua aprovação, mas das expectativas que nós mesmos temos em si, e daquilo que acreditamos que os outros têm sobre nós. E algo mais interno que externo.
Englobaria na busca pela realização profissional, a desistência de uma área com formação já em andamento, para apostar em uma formação que o sujeito tenha afinidade. Embora, o salário seja menor e o prestigio social não seja o mesmo. Ninguém é obrigado a seguir uma receita pronta para ser bem sucedido, pelo contrário, deveríamos ter como obrigação buscar novos caminhos.
Acredito diariamente temos possibilidades para comprovar nossa qualidade máxima no local de trabalho. Ou seja, quando exercemos dada atividade que gostamos, a realizamos de tal maneira que tornamo-nos um profissional que transborda qualidades. Sem precisar estar subindo em escadas verticais.
Precisamos relacionar nossa satisfação pessoal com a profissional, antes de querer se comparar com outros profissionais. O sucesso profissional depende da nossa própria evolução e não da do outro. Por isso, concordo com Marcelo Miranda quando afirma que “Cada um tem seu próprio ritmo. Uma vida própria, diferente, como uma impressão digital. A riqueza está na compreensão desta diversidade e do que uso que fazemos dela. Se existe uma escada vertical, devemos trilhar as escadas laterais até que nossa oportunidade apareça.”
É trilhando muitas vezes o opcional e não o tradicional que conseguimos construir uma carreira forte e eficaz.
Comentário ao artigo de Marcelo Miranda no site da Revista Você SA: A Escada Lateral.

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