André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

domingo, 22 de agosto de 2010

FILME SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS E A EDUCAÇÃO TRADICIONAL

O filme é uma história que se passa na Welton Academy, onde um ex-aluno volta como professor de literatura e utiliza métodos diferenciados. Assim, os alunos passam a pensar criticamente, indo contra ao pregado pela escola, principalmente quando o assunto é a "Sociedade dos Poetas Mortos". O interessante é que os adolescentes correspondem ao professor, embora tenham anseios e desejos próprios.
O professor mostra um lado da sociedade que os alunos até então ignoravam pela forma com que o ensino era conduzido. A escola pregava pelos princípios da tradição-honra-disciplina-excelência. O novo professor agia de forma a desestabilizar as estruturas da direção da escola e os limites estabelecidos pela sociedade.
Nesse filme podemos ver que há conflito entre as formas de ensinar, que refletem na relação professor-aluno. Principalmente porque ele faz coisas que os demais professores e muitos pais consideram inadequados para se ensinar. Esse confronto de ideias leva um aluno ao suicídio. A culpa desse suicídio recai sobre o professor, até porque ele se utiliza da expressão latina carp diem.
O ingresso desse novo professor na escola preparatória para a universidade representa as novas técnicas de educação. Pois ele apresenta a emoção e os sentimentos aos alunos. O questionamento
Podemos então dizer que o professor ainda é um formador de opinião dentre a sociedade, principalmente nas pequenas cidades. Os professores em muitas localidades são referência e padrão de conduta para a população. Porém, a maioria dos professores desconhecem que possuem esse poder de articulação de ideologias e de formação de opinião entre seus alunos.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. A educação escolar além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para a cidadania.
Os professores ainda não se despertaram para a revolução social que podem realizar dentro de uma sala de aula. Dentro desse espaço, são os professores quem possuem a voz e a oportunidade de trabalhar valores e ideais. De selecionar textos, figuras e temáticas que os possibilite desenhar e moldar aqueles que os ouvem. O trabalho de professor é um trabalho fortemente argumentativo e de convencimento. É um embate ideológico. E o professor deve fazer uso dessas prerrogativas de sua profissão.
Um grande problema na vida do professor é a tênue linha que separa a sua função da função familiar. Há uma confusão entre essas duas bases de formação do indivíduo, e nesse “embate” as crianças ficam livres de qualquer autoridade e limites. O professor torna-se escravo de leis más interpretadas e torna-se vítima da violência que invade muitas escolas do país.
Entendemos que a educação deve visar à promoção do desenvolvimento comunitário, criando condições para a autonomia social da comunidade; o aprimoramento e intensificação do diálogo de lideranças comunitárias e sociais com o poder público; a criação de condições favoráveis à formulação de ações afirmativas, por parte da sociedade civil, que possam se refletir em sua participação efetiva na superação de situações que determinam a exclusão social e na busca de alternativas de desenvolvimento sustentável da melhoria de qualidade de vida.
A escola é uma agência de socialização, intermediando o processo entre a família e a sociedade. É uma etapa de transição para entrar na sociedade. Portanto, não será grande novidade dizer que a escola tem um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da cidadania. Cobre um intervalo de idade decisivo no desenvolvimento de um ser humano. As escolas são espaços sociais próprios de referência e sociabilidade para juventude na cidade. Assim, é preciso ter em mente que se ensina pelo exemplo, não pelo sermão; aprende-se participando, sendo ator mais do que espectador; deve-se ter contato com o real para a cidadania estar em pleno desenvolvimento; conferências e narrativas sobre situações individuais vividas; e trabalho comunitário.

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