André Gilberto Boelter Ribeiro


Textos, Artigos Públicados, Reportagens citadas, Fotos, entre outros assuntos.

sábado, 30 de abril de 2011

SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS


O filme é uma história que se passa na Welton Academy, onde um ex-aluno volta como professor de literatura e utiliza métodos diferenciados. Assim, os alunos passam a pensar criticamente, indo contra ao pregado pela escola, principalmente quando o assunto é a "Sociedade dos Poetas Mortos". O interessante é que os adolescentes correspondem ao professor, embora tenham anseios e desejos próprios.
O professor mostra um lado da sociedade que os alunos até então ignoravam pela forma com que o ensino era conduzido. A escola pregava pelos princípios da tradição-honra-disciplina-excelência. O novo professor agia de forma a desestabilizar as estruturas da direção da escola e os limites estabelecidos pela sociedade.
Nesse filme podemos ver que há conflito entre as formas de ensinar, que refletem na relação professor-aluno. Principalmente porque ele faz coisas que os demais professores e muitos pais consideram inadequados para se ensinar. Esse confronto de ideias leva um aluno ao suicídio. A culpa desse suicídio recai sobre o professor, até porque ele se utiliza da expressão latina carp diem.
O ingresso desse novo professor na escola preparatória para a universidade representa as novas técnicas de educação. Pois ele apresenta a emoção e os sentimentos aos alunos. O questionamento
Podemos então dizer que o professor ainda é um formador de opinião dentre a sociedade, principalmente nas pequenas cidades. Os professores em muitas localidades são referência e padrão de conduta para a população. Porém, a maioria dos professores desconhecem que possuem esse poder de articulação de ideologias e de formação de opinião entre seus alunos.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. A educação escolar além de ensinar o conhecimento científico, deve assumir a incumbência de preparar as pessoas para a cidadania.
Os professores ainda não se despertaram para a revolução social que podem realizar dentro de uma sala de aula. Dentro desse espaço, são os professores quem possuem a voz e a oportunidade de trabalhar valores e ideais. De selecionar textos, figuras e temáticas que os possibilite desenhar e moldar aqueles que os ouvem. O trabalho de professor é um trabalho fortemente argumentativo e de convencimento. É um embate ideológico. E o professor deve fazer uso dessas prerrogativas de sua profissão.
Um grande problema na vida do professor é a tênue linha que separa a sua função da função familiar. Há uma confusão entre essas duas bases de formação do indivíduo, e nesse “embate” as crianças ficam livres de qualquer autoridade e limites. O professor torna-se escravo de leis más interpretadas e torna-se vítima da violência que invade muitas escolas do país.
Entendemos que a educação deve visar à promoção do desenvolvimento comunitário, criando condições para a autonomia social da comunidade; o aprimoramento e intensificação do diálogo de lideranças comunitárias e sociais com o poder público; a criação de condições favoráveis à formulação de ações afirmativas, por parte da sociedade civil, que possam se refletir em sua participação efetiva na superação de situações que determinam a exclusão social e na busca de alternativas de desenvolvimento sustentável da melhoria de qualidade de vida.
A escola é uma agência de socialização, intermediando o processo entre a família e a sociedade. É uma etapa de transição para entrar na sociedade. Portanto, não será grande novidade dizer que a escola tem um papel de extraordinária importância no desenvolvimento da cidadania. Cobre um intervalo de idade decisivo no desenvolvimento de um ser humano. As escolas são espaços sociais próprios de referência e sociabilidade para juventude na cidade. Assim, é preciso ter em mente que se ensina pelo exemplo, não pelo sermão; aprende-se participando, sendo ator mais do que espectador; deve-se ter contato com o real para a cidadania estar em pleno desenvolvimento; conferências e narrativas sobre situações individuais vividas; e trabalho comunitário.

terça-feira, 26 de abril de 2011

EDUCAÇÃO DO CAMPO: UM ROMPER DO PRECONCEITO COM O MUNDO RURAL


O objetivo deste trabalho foi contextualizar o trabalho no ensino fundamental com educação do campo para toda a comunidade escolar na Escola Municipal de Ensino Fundamental Nenê Boava em Dois Irmãos das Missões - RS. Estabelecer valores e criar ações para que a comunidade participe da escola para a construção de conhecimento contextualizado (Educação do Campo). Formar a comunidade escolar para trabalhar e valorizar o viver campesino.

Público Alvo: Funcionários, Professores, Alunos e Pais.

Preconceito e conceito distorcido: Não há uma clareza no conceito de educação do campo para os professores, os funcionários, os alunos e os pais. Ainda estão ligados a uma visão de miséria e desconhecimento. Está embutida em seu conceito uma visão de baixa produtividade e de trabalho atrasado. O Projeto consiste em mudar esse conceito distorcido.

Capacitação: A capacitação ocorre em dois momentos: a capacitação dos pais, professores e funcionários que recebem cursos e oficinas para conhecer e desenvolver suas atividades visando um ideal empreendedor e produtivo. No segundo momento, os professores trabalham com os alunos o mesmo conteúdo abordado no curso e oficina de forma interdisciplinar e intertextual.

Parcerias: As parcerias até então estabelecidas: EMATER – DIM, Séc. Mun. Agricultura, Sec. Mun. Saúde, SENAR/RS, e STR-DIM.

Articulação Teoria-Prática – A articulação entre a teoria e a prática se dá com o estudo em sala de aula e a saída a campo, com visitas e atividades práticas em propriedades próximas a da escola, para identificar o que está correto e o que não está.

Resultados Econômicos: Espera-se que de posse dos conhecimentos necessários para desenvolver as atividades, os educandos e seus pais, trabalhem na sua propriedade aumentando sua produção e conseqüente lucratividade, elevando a qualidade de vida, sem que precise fazer grandes investimentos.

Instrumentos de Política social e educativa - Busca-se efetivar uma política social e educativa da comunidade rural de Dois Irmãos das Missões considerando que essa escola não atende somente aos alunos da comunidade da Linha Progresso onde está localizada. Informa-se mais, trabalha-se tecnicamente, produz-se mais, sem que com isso a formação humanística seja prejudicada.

Problemas: até o momento os problemas encontrados são: resistência dos professores; Resistência a mudança da comunidade escolar; distorção de conceitos; preconceitos e falta de políticas efetivas para melhoramento das escolas rurais com currículo voltado a educação do campo.

Ser homem hoje?


Ser homem hoje é ir ao analista para descobrir-se. É ir a academia para ficar forte, chegar em casa e lavar a louça para a esposa terminar o trabalho dela que ficou pendente. Ser homem é driblar o preconceito, ir ao urologista, buscando viver mais anos com sua família. É ir a escola pegar o boletim dos filhos e se emocionar com uma simples apresentação da turma de seus pequeninos. Ser homem é viver a liberdade, bebendo cerveja com os amigos até mais tarde no bar, falando de futebol e da mulher da capa da revista masculina, mas é também, saber que um dia uma mulher irá aprisionar seu coração. Ser homem hoje é algo indefinido, como a palavra colega que só na prática saberemos o que realmente é.

HISTÓRIA E MEMÓRIA NO CONTEXTO E FAMILIAR REGIONAL

A idéia que se vende hoje em dia dos denominados best-sellers transmite uma imagem falsa de escrita, confundindo-a com os resultados de marketing e estratégias de vendas. Essa visão reprime a prática de muitos escritores desconhecidos em registrar acontecimentos do cotidiano ou eventos importantes da comunidade regional, por não se enquadrarem no padrão contemporâneo comercial. É preciso ter em mente que o ato de escrever deve atender aos padrões da própria escrita e a realização do próprio escritor e depois querer direcioná-lo ao público.
Com a correria dos tempos modernos, é comum ouvir reclamações de famílias que esquecem dos fatos passados ou perdem documentos com a morte de seus ascendentes. Perdendo-se parte de história regional, sendo que esta se compõe de inúmeras micro-histórias. São pequenos detalhes que formam um grande mosaico informacional e que são importantes para a construção da própria identidade regional, tais como fotos, certidões, anotações, cartas, pequenos registros, etc.
A história familiar difere das grandes narrativas ou daquelas com cunho mercadológico, já que tem como público alvo um grupo reduzido e sua finalidade é distinta da dos relatos históricos comerciais. Aqui o que se pretende é apenas a materialização escrita daquilo que acontecera no passado, o que não significa que seja isento de parcialidade. O historiador não vai criar personagens, muito menos fatos. No máximo, os “descobre”, fazendo-os sair da sua invisibilidade ou ocultamento. É tranqüilo que a história seja narrada de forma tendenciosa, mesmo porque ela transfigura uma parte da realidade, deixando sob a névoa a parte que menos lhe interessa, apontando nesse sentido a própria ideologia de quem promove o resgate o que não deixa de ser cultural.
A banalização das notícias enquanto fatos, a idéia de que somente historiadores devem se preocupar com levantamentos históricos, a quebra dos paradigmas tradicionais sobre o conceito família, a falta de costume de escrita e leitura pelos integrantes mais velhos de família, o aumento do número dos integrantes familiares com o estabelecimento de novas relações e conseqüente dispersão do grupo, e a contribuem de forma significativa para o esquecimento da cultura e da história familiar. Sendo comum nos dias de hoje a existência de pessoas que tem um passado desconhecido.
Falar em degradação da história regional não é o mais correto, no entanto pode-se falar em ocultação desses dados. É como um móvel antigo com várias pinturas, uma sobre a outra, que ao ser lixado vai revelando um pouco de suas origens, mesmo sabendo que muito da pintura original se perde com o tempo. Os dados existem (pelo menos os documentais) e devem ser trazidos a tona para que se forme no mínimo um mosaico memorial.

A solução para a problemática do resgate histórico regional-familiar ou da micro-história está na formação da consciência sobre a importância das origens e da memória para a construção do futuro. Os fundamentos do resgate histórico é a própria valorização familiar. A família que tiver a consciência de eu a sistematização dos dados através de depoimentos escritos, a organização dos documentos familiares (sejam cartas, certidões, fotos ou outros) contribui para que a memória regional e familiar seja fortalecida, mesmo com o passar de muitos anos, não correndo o risco de perder a real visão das origens e da identidade original.

terça-feira, 19 de abril de 2011

CHIC É SER CIVILIZADO!* (?)


Com essa afirmação a consultora de estilo Gloria Kalil inicia e termina sua obra. A frase até convence num primeiro momento aqueles que lêem desatentos ou aqueles que buscam freneticamente os seus “quinze minutos de fama”. No entanto essa frase suscita alguns questionamentos que poucas pessoas costumam fazer quando a conhecem.
A primeira questão que devemos definir é o que significa ser civilizado. Segundo o dicionário Aurélio é aquele “que tem civilização; que é bem-educado, cortês, urbano, civil”. Diante desta definição abre-se ainda mais o leque para questionamentos. O que é ser bem educado? O que é ser cortês, ser civil? E urbano? Essa última palavra exclui algum grupo populacional.
Outro questionamento importante a ser feito a partir da frase básica da consultora é: Qual a importância de ser chic diante das adversidades que a vida nos impõe? Diante a corrupção que estampa as capas de jornais? É possível ser chic não sendo atendido humanamente nas filas de hospitais quando se está com uma doença grave? Quando um filho chora de fome e os pais têm sua conta do mercadinho limitada por falta de pagamento?
Discutir a viabilidade de ser chic é muito interessante, principalmente quando se vive num contexto de pouca disponibilidade financeira. É viável ser chic (e nesse sentido diga-se civilizado) em meio aos confrontos entre policiais e delinqüentes? Ou quando um professor é obrigado trabalhar 60 horas e ainda assim, vive no limite do crédito bancário?
É muito importante saber viver em comunidade, respeitando o direito e os limites alheios. Porém a civilidade só é sustentável a partir do momento em que o respeito aos direitos e aos limites são universais. Porém, é impossível ser chic se a cada dia leva-se uma rasteira da vida ou então tem o acesso negado a algo garantido por lei.
Não menosprezando os dotes sociais da colunista Gloria Kalil, mas sua frase (ser chic é ser civilizado) possui um cunho moralizador, ou seja, as pessoas serão civilizadas para serem chic’s. Penso que é mais importante ser civilizado para que a convivência em grupo seja a melhor possível, e assim, ser chic decorre como uma conseqüência de ser civilizado.
Ser gentil, educado, honesto, consciente de seus atos, agir dentro da lei, não poderia ser visto como qualidades excepcionais e sim como requisitos para todo aquele que quer viver em harmonia com a sociedade. Então, para que ser chic se você já é civilizado?


* o Título da coluna é uma frase da autora Gloria Kalil do seu livro Alô! CHICS.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Competências necessárias para um aluno bem-sucedido no ambiente de e-Learning


O texto aponta quais as competências para ser um aluno bem-sucedido no ambiente de aprendizagem virtual. Diante da nova formas de informatização são necessárias adaptações do usuário. Para o sistema e-Learning o aluno deve ser dotado de competências de auto-orientação (ser capaz de planejar, elaborar e executar seu próprio roteiro de estudo em busca do conhecimento), ser dotado de autoconhecimento (ele consegue identificar e priorizar suas habilidades pessoais e as áreas em que precisa desenvolver seu conhecimento), ser auto-suficiente, ou seja, ser capaz de aprender por si mesmo, sem ser necessário alguém para lhe motivar, ser autoconfiante que vai aprender, saber como ele próprio aprende, ser capaz de auto avaliar-se de forma crítica, ter competências para colaborar em ambiente virtual.


Acredito que a educação a distância está sendo uma forte ferramenta de propagação do direito constitucional de acesso a educação de qualidade. A educação na sociedade moderna deve atender aos quesitos de utilização das novas tecnologias e resolver os problemas que essa nova tecnologia gerou na sociedade. A universidade deve formar um sujeito consciente de si mesmo da sociedade em que vive.

Novas formas de pensar, de comunicar e de aprender desafiam aos especialistas, implementando mecanismos alternativos, de flexibilização, compatíveis com as múltiplas e simultâneas funções da educação, nas mais variadas situações que envolvem as relações entre os alunos, os professores, os pesquisadores e os trabalhadores – com as universidades e com as demais instituições relacionadas.

A informática é a grande revolução dos últimos anos seja nas relações humanas, como nas profissionais e sociais. É possível estabelecer relações profissionais com outros agentes a longa distância, sem mesmo os conhecer. É possível fechar contratos, grandes negócios e demais ações apenas usando os aparatos que o mundo da informação dispõe aos seus usuários. Todos os consultores de gestão profissional concordam que qualquer profissional deve-se estar atualizado e constantemente atualizando-se no campo que denominam de Tecnologia de Informação.
Pode-se assegurar com toda exatidão que é impossível escapar da presença dos meios de informacionais. O que cabe a nós então? É dedicar um tempo de nosso dia para conhecer o funcionamento desses novos aparelhos, para que não sejamos atropelados pela nova geração.

O planejamento ao contrário do que todo mundo pensa é um instrumento que deve ser utilizado em todas as áreas do conhecimento e diariamente, principalmente na vida acadêmica de um universitário EAD. O planejamento faz parte da rotina administrativa empresarial, das instituições bancárias, da vida pessoal e profissional e também dos educandos.

O aluno EAD deve ser dotado de iniciativa e por isso, ser apto a conduzir seu próprio processo de ensino aprendizagem, que ora se comunica com seus colegas, ora com seus tutores e professores. Essa autonomia, ou melhor, o grau dessa autonomia é que define a qualidade do conhecimento adquirido. Isso implica no conhecimento de si próprio e de uma visão daquilo que se construiu em outras experiências.

O autoconhecimento e a autoconfiança devem ser vistos na perspectiva de construção da possibilidade do aluno construir as suas próprias verdades e na valorização de suas manifestações e interesses. Nessa perspectiva, o erro e a dúvida deixam de ser sinônimos de falta de conhecimento e passam a ser vistos como um ponto a ser trabalhado no processo de construção de conhecimento, pelo próprio educando.

Não há lugar para alunos (futuros profissionais) passivos e exclusivamente tecnicistas que esperam tudo nas mãos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

SETE SABERES NECESSÁRIOS A EDUCAÇÃO DO FUTURO.



Este livro é uma das indicações bibliográficas do mestrado em educação da URI FW.
Quem é professor deve fazer a leitura e reflexão sobre seu conteúdo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Em cem anos de viver.

04 de abril de 2011, acabo de chegar de uma caminhada com alguns amigos de trabalho, estamos felizes porque nosso projeto está bombando. Caminhamos mais de uma hora, sorrimos, falamos de coisas banais, do filme que nos emocionou, do amigo que perdemos no último ano, do filho do colega que irá nascer, das gordurinhas do jogador e das últimas catástrofes. Falamos também da vida alheia, da nova novela, da musa que saiu na capa da revista, do amigo que colocou silicone nos peitos, da filha do vizinho que saiu do armário, da primeira mulher presidente do Brasil. E diante de tudo isso, esquecemos de olhar que aos nossos olhos, os campos se tornavam verdes.
Então, hoje, 04 de abril de 2011, não posso mais caminhar, e se pudesse talvez a caminhada não fosse mais a mesma, muito menos com amigos de trabalho (já que máquinas não caminham). Se as fotos digitais de seu antepassado, não lhe caem em graça, deixe-as guardadas, mas não deixe de sorrir, não deixe de se emocionar com aquele filme que todo mundo considerou banal, não esqueça dos amigos que se foram, festeje os filhos que irão nascer, esqueça das gordurinhas do jogador e impulsione-se para um novo jogo. Quanto as catástrofes, ahhh.. Continue plantando uma árvore e um sonho. Fale da vida alheia, mas não esqueça da novela, se as musas não saem mais nas capas das revistas, não se impressione, os amigos também não estão mais colocando silicone nos peitos. E a filha do vizinho? Ah, essa não precisa mais do armário. Lembra-se da primeira mulher presidente do Brasil? Ela iniciou um lindo jardim, que por lá passou: uma Rosa, uma Margarida, duas Hortênsias, uma Dália, e infelizmente, até uma Maria-sem-vergonha, por lá passou. Porém, não se esqueçam de olhar para os campos quando eles se tornarem verdes.

sábado, 2 de abril de 2011

DICA DE LEITURA: ABRIL DE 2011


Este romance de escritura primorosa narra um percurso. É o que se opera na consciência de Pedro durante uma viagem de ônibus para o bairro do Tirol, na periferia pobre da cidade onde mora - uma espécie de panela de pressão de violência e injustiça sistemática. É lá que mora Rosane, namorada de Pedro: faz algum tempo que ele passa os fins de semana com ela.
De radinho no ouvido, lendo a intervalos, observando o que se passa dentro do ônibus e fora nas ruas, Pedro, sem se dar conta, costura as ideias. Ao fim da viagem ele não será mais o mesmo: o que vê e pensa durante o trajeto, os fatos de sua vida, seus afetos, o mundo em que está imerso, tudo reunido terá formado um novo conhecimento, mais profundo e mais crítico, mas que nem por isso o deixará desprotegido numa sociedade em que parece não haver como fugir de um destino opressivo.
O passageiro do fim do dia não deixa dúvida sobre a importância de Rubens Figueiredo no cenário literário contemporâneo no Brasil.


FONTE: CIA DA LETRAS